O DIÁCONO PERMANENTE NA IGREJA CATÓLICA


"Com o sacramento da ordem por instituição divina, alguns dentre os fiéis, mediante o caráter indelével com o qual são marcados, são constituídos ministros sagrados; isto é, aqueles que são consagrados e destinados a servir, cada um no seu grau, com novo e peculiar título, o povo de Deus.


" (...)"Aqueles que são admitidos na ordem do episcopado ou do presbiterato recebem a missão e a faculdade de agir na pessoa de Cristo Cabeça; os diáconos, ao invés, estão habilitados a servir o povo de Deus na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade".


Código de Direito Canônico, Artigos 1 e 2, Can. 1008 e 1009.


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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

ANIVERSÁRIO

Celebremos hoje o aniversário natalício do nosso irmão Diácono, Elsou Jardel Garcia da Silva, ele que faz parte da Paróquia de São Lucas no Conjunto Amarante na cidade de São Gonçalo do Amarante/RN.




domingo, 31 de outubro de 2021

COMUNIDADE ROSA GATTORNO ENCERRA MÊS MISSIONÁRIO

O mês missionário foi encerrado com uma ação social voltada para a Comunidade Beata Rosa Gattorno que tem como responsável o Diácono Léo; a referida comunidade faz parte  da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que tem a frente o Pároco Pe. José Silvio de Brito.


📷Fotos enviadas para divulgação

No dia do encerramento do mês missionário, a Comunidade da Beata Ana Rosa Gattorno no Rio Potengi no Bairro das Quintas, realizou uma ação Social para atendimento as famílias do Rio Potengi, oferecendo atendimentos jurídicos, psicológico, fisioterapeutico, cabeleireiros, recreação de crianças e etc. Ação Social foi realizada na Igreja da Beata Ana Rosa Gattorno no horário das 08 às 12:30 horas. O Grupo TAMOJUNTO, que tem Bruno Gomes a frente dos trabalhos, também participou da atividade.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

OS TOQUES DOS SINOS, ARTIGO DESTA SEMANA DO Pe. JOÃO MEDEIROS FILHO








Padre João Medeiros Filho
Arquidiocese de Natal




Os toques dos sinos




O antigo Código de Direito Canônico (cânon 1169, § 1) recomendava: “É conveniente que haja em cada igreja um ou mais sinos para convocar os fiéis aos ofícios divinos.” O escritor Oswaldo Lamartine, em sua erudição e sabedoria, afirmava: “Os sinos de nossos templos são a voz da alma.” Solicitou-me que publicasse algo a esse respeito. Continuo recolhendo dados, mas faltam-me ainda elementos suficientes para homenagear, mesmo postumamente, o inesquecível amigo. Dom Nivaldo Monte partilhava o mesmo desejo. É conhecido o seu interesse pelo resgate dos carrilhões de Extremoz. Os campanários têm uma linguagem rica de significados e representavam um importante meio de comunicação para os nossos antepassados.


Dom Adauto de Miranda Henriques, primeiro bispo da diocese da Paraíba (da qual fazia parte o RN), escreveu no Livro de Tombo de uma paróquia potiguar: “Uma igreja (especialmente matriz) deve ter duas torres e no mínimo dois carrilhões.” Estes existem em tamanhos pequeno, médio e grande com tons graves e agudos. A liturgia dá um destaque especial à cerimônia da bênção dos sinos (batismo na linguagem popular), dotando-os de padrinhos e madrinhas. Outrora, além de chamar os fiéis para as cerimônias religiosas, transmitiam anúncios sociais, calamitosos e fúnebres. Bem difundido era “o toque do parto” com nove pancadas, anunciando um nascimento e pedindo orações para a parturiente. Possuíam também a função de indicar o horário. Posteriormente, muitos relógios foram instalados nas torres dos templos, marcando as horas com o som das campanas. Desde jovem, sentia-me atraído pela “cultura dos sinos.” Recordo-me de antigos sacristães que conheciam bem a simbologia dos toques: Zé do Padre, Praxedes Gurgel e Ciríaco Ferreira (Caicó), Zé do Ouro (Campo Grande), Chico Justino e Abdias Batista (Jucurutu), Abílio Córdula (Florânia, Cruzeta e Acari) e Raimundo Sacristão (Mossoró). Guardavam informações preciosas, hoje desconhecidas ou desprezadas.


Distinguem-se repiques e toques. Estes são simples ou duplos (dobres), dependendo do carrilhão, se é fixo ou giratório. Os repiques consistem em badaladas rápidas com os sinos parados, usados em momentos festivos, elevação na missa, procissões, bênção do Santíssimo Sacramento etc. Havia normas, transmitidas oralmente pelos nossos vigários a seus dedicados sineiros-sacristães. Eles passavam por um treinamento sobre as suas lides, indo do aprendizado do latim litúrgico ao manuseio dos campanários. O toque para as cerimônias religiosas é denominado “chamada”. Obedece a um simbolismo, que desaparece paulatinamente. O anúncio para a missa era feito por três “chamadas”: sessenta, trinta e quinze minutos antes da celebração. Constavam de doze toques, em homenagem aos apóstolos de Cristo. Terminadas essas badaladas e, após curto intervalo, seguiam-se outras pancadas significativas: dez indicavam que o celebrante seria o bispo diocesano; sete um sacerdote visitante; cinco o pároco e três o cooperador (vigário paroquial). Havia um motivo: alguns paroquianos tinham rusgas com os seus presbíteros, por conta de querelas políticas ou conflitos de terra. Tal peculiaridade (nas “chamadas”) era importante para evitar encontros indesejados.


O toque para as demais cerimônias regia-se pelas regras estipuladas para as celebrações eucarísticas. Entretanto, nas ocasiões fúnebres havia um ritual específico. Quando se tratava do óbito de um homem, procedia-se a três dobres no sino grande (grave) e dois no menor (agudo). Nos funerais de uma mulher, dois no bronze maior e três no pequeno. Existindo um único sino na igreja ou capela, eram dadas, após alguns segundos de intervalo, três badaladas simples para os falecidos masculinos e duas para os femininos. A tradição dispunha de dobres especiais para os eclesiásticos. Na morte do papa, aconteciam doze, de hora em hora; no óbito de um bispo, dez, a cada três horas e no falecimento dos sacerdotes sete, de quatro em quatro horas. No funeral das crianças, tocava-se o repique. Seu som ininterrupto lembra o cortejo celestial, recebendo na glória eterna mais um “anjinho”. Nas missas de sétimo e trigésimo dia (“visita de cova”), observava-se o mesmo ritual. Na hora do Angelus, os sinos deveriam tocar sete vezes, aclamando Maria Santíssima e lembrando as Dores de Nossa Senhora. Em calamidades, como enchentes, incêndio, desabamento, invasões etc. os sacristães deveriam tocar desordenadamente. A importância dos sinos remonta ao Antigo Testamento, pois lemos nos Salmos: “Louvai ao Senhor com címbalos sonoros e sinos jubilosos.” (Sl 150, 5).

terça-feira, 26 de outubro de 2021

A terra que sofre é o grito dos pobres e será o grito de todos

O climatologista Professor Ramanathan diz que o grito da terra e o grito dos pobres tornou-se agora o grito de todos, pois o aquecimento global desencadeou a "destruição do sistema climático mundial"


Ir. Bernadette Mary Reis, fsp

Líderes de todo o mundo estão reunidos em Glasgow para a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), que será realizada de 31 de outubro a 12 de novembro. O objetivo é acelerar a ação em direção aos objetivos do Acordo de Paris e da própria Convenção. Na véspera do encontro, o Vatican News falou com o Professor Veerabhadran Ramanathan, que em 2015 foi consultor científico da delegação do Vaticano na COP21 em Paris. A previsão do climatologista é que o "clima anormal" que estamos vivendo hoje será ampliado em 50% se não agirmos rapidamente.


Entrevista coletiva com a delegação vaticana na COP21, Paris
O grito da mãe natureza

Definido em várias ocasiões como "o especialista em clima do Papa", Ramanathan escreveu seus primeiros comentários sobre as mudanças climáticas em 1975, quando tinha 31 anos de idade. Naquela época, diz ele, "ainda não se falava em termos humanos. Falava-se das geleiras que derretiam, da elevação do nível do mar... Porque, de fato, esta mudança entre o aquecimento e os extremos climáticos só começou a se manifestar tão claramente nos últimos dez anos.


O prof. Ramanathan (segundo à direita) com a delegação vaticana na COP21, Paris

A "Mãe Natureza", diz o professor Ramanathan, "está tentando nos dizer de todas as maneiras que a estamos machucando". E isso me faz lembrar das palavras do Papa Francisco na "Laudato si", quando fala do grito da terra. Temos que ouvi-lo. E ele também nos diz que temos que ouvi-lo junto com o grito dos pobres".


O prof. Ramanathan em um encontro organizado pela Pontifícia Academia das Ciências
O grito da terra


De que maneira a terra grita? Primeiro, é o aumento da temperatura. O professor Ramanathan lembra que ele e seus colegas prepararam uma publicação em 2018 na qual ele prevê que até o ano 2030 a temperatura terá subido 1,5 graus. "E ainda faltam nove anos para isso. Passar de 1 para 1,5 corresponde a um aumento de 50%. Imaginemos tudo o que está acontecendo hoje ampliado em 50%".

O aumento da temperatura acaba por mudar os modelos climáticos, porque os dois estão estreitamente relacionados um com o outro. O cientista adverte que estamos apenas no início dos efeitos do "aquecimento global, que nos últimos 10 a 15 anos se transformou na desfiguração global dos sistemas climáticos em todo o mundo". Em todas as partes da terra, as pessoas estão experimentando um clima que é pelo menos bizarro", continua o professor. "O que normalmente acontece a cada mil anos, a cada quinhentos anos, agora acontece duas vezes em dez anos". O modelo geral é que regiões áridas se tornam mais áridas enquanto regiões úmidas tornam-se mais úmidas. Mais umidade seria bom se as chuvas fossem “normais”. Ao contrário mais umidade é catastrófico se for com chuvas torrenciais como vimos na Alemanha - aquela chuva que arrasta tudo, inclusive as pessoas".


O Papa Francisco e o prof. Ramanathan
O grito dos pobres


O professor Ramanathan admira o Papa Francisco por ter ligado o grito da terra ao grito dos pobres. Há perspectivas concretas e tangíveis, afirma, de que aquelas "três bilhões de pessoas na face da terra que ainda não descobriram os combustíveis fósseis" sejam atingidas pela mudança da temperatura e do clima. "Eu falei com o Papa Francisco sobre isto", continua o professor. "Eles continuam a queimar lenha e esterco de gado e resíduos orgânicos para atender suas necessidades básicas, como cozinhar e aquecer suas casas". No entanto, são eles que pagarão as piores consequências de nosso idílio com combustíveis fósseis: a maioria desses três bilhões de pessoas são agricultores. A maioria desses três bilhões de pessoas são agricultores. Mas não estamos falando de agricultores ocidentais, que têm milhares, milhões de hectares: cada um deles tem meio hectare, talvez um...".

Para os "agricultores de subsistência" na Índia, isto significa que "as chuvas de monções chegam - mas as chuvas caem torrenciais, ou seja: quando chove, chove torrencialmente. E você pode perguntar: "Qual é o problema? O problema é que quando a chuva é torrencial, a água vai diretamente para o oceano: ela escorre sobre a terra, levando junto todos os nutrientes que estão no solo".
O grito de todos

Agora não é mais apenas a Mãe Natureza, a Terra e os pobres que estão gritando: todos sofrem os efeitos do aquecimento global - os pobres, a classe média e os ricos, todos da mesma forma. As enchentes e os incêndios não fazem distinção entre pessoas e árvores. Um dos temores do professor Ramanathan "é que a mudança climática entre em nossas casas da mesma forma que a Covid, não poupando ninguém".

"Penso particularmente nas pessoas na faixa dos 30 a 50 anos que ainda vivem de salário em salário e que querem mandar seus filhos à escola: se tiverem suas casas destruídas por algum incêndio ... e pensemos que daqui a cinco, dez anos as companhias de seguro terão falido, não terão mais condições de fazer seguro de sua casa. Quando digo que a mudança climática vai entrar em nossas casas penso no fato de que há muitas pessoas que não têm mais casa por causa de incêndios ou enchentes".


O esquema de J. Cole, A J Hsu e V. Ramanathan
Transformar aquele grito


Porém, podemos fazer escolhas, raciocina o Professor Ramanathan: podemos escolher ser como o sapo da fábula, que nada faz enquanto a temperatura da água na qual está imerso sobe, até morrer. "Felizmente, somos muito mais inteligentes do que ele: sabemos como reagir. Se estivermos preparados, podemos evitar a maioria dos desastres”.

O cientista não acredita mais que seja possível mudar a situação mudando o estilo de vida: "Lamento dizer que é tarde demais. Precisamos de um projeto sério para construir a resiliência. Em termos concretos, isto significa incentivar os agricultores a adaptarem suas culturas aos novos modelos climáticos. "Antes de mais nada, depende de onde você se encontra neste ambiente climático: você está na parte árida que fica cada vez mais árida, ou na parte úmida que fica cada vez mais úmida? Se você estiver na parte úmida que está ficando cada vez mais úmida, terá que repor o solo porque a água arrasta todo o solo. Assim, se tomarmos como exemplo a Califórnia, uma área em uma zona seca, podemos dizer que não é mais sustentável cultivar amêndoas: "Não vejo nenhuma forma de sobrevivência desta cultura. Ao contrário, se eles converterem suas cultivações em produtos que requerem menos água, então podem sobreviver.

O professor continua: "Se observarmos os sinais da mudança climática de hoje, e não os de 15-20 anos atrás, os modelos podem ser modificados". Isto requer "uma gestão global da água para produzir alimentos". Eu não diferenciaria entre água e alimento: na verdade, água e alimento são como oxigênio para os seres vivos". Além disso, devemos pensar também nas necessidades dos pequenos agricultores "não apenas em termos de eficiência, rendimento e alimentação do mundo, mas também em termos do bem-estar desses três bilhões de seres humanos que estamos prejudicando com as mudanças climáticas que nós desencadeamos".


O prof. Ramanathan com São João Paulo II
Qual voz será ouvida?


O segundo objetivo é "baixar a curva das emissões", mas - como diz o professor Ramanathan - esta abordagem da mudança climática é altamente politizada. A menos que seja separado do âmbito político ao qual está preso, só continuará a separar pessoas e a criar divisões.

"Os únicos fóruns não políticos, em minha opinião, são igrejas, templos, sinagogas, mesquitas". Tudo o que é dito às pessoas tem um aspecto político. Infelizmente, até mesmo a mídia está polarizada de ambos os lados. As pessoas precisam ser educadas rapidamente e as organizações e líderes religiosos podem preencher o vazio: o Papa Francisco deu o primeiro passo com Laudato si'. Na Pontifícia Academia das Ciências foram feitos muitos encontros onde a ciência, a fé e a política se aliaram. E vocês católicos têm diretamente o pulsar dos pobres: se vocês conseguirem convencer até mesmo 10% dos 50% restantes, já estaremos um grande passo à frente: então poderemos escolher líderes apropriados que tomarão as iniciativas certas". “Aposto tudo na fé”.

Biografia. Veerabhadran Ramanathan nasceu em Chennai na Índia e concluiu seus estudos secundários e universitários ainda na Índia, depois se mudou para os Estados Unidos, onde obteve o doutorado na Universidade Estadual de Nova Iorque. Atualmente é titular da Cátedra em “Sustentabilidade Climática” intitulada a Edward A. Friedman na Universidade da Califórnia San Diego. Em outubro de 2004, São João Paulo II o nomeou acadêmico da Pontifícia Academia de Ciências.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

LIVE DE FORMAÇÃO PARA O SÍNODO

A Arquidiocese de Natal lhe convida para participar de uma live, nesta segunda-feira, dia 25, às 19h30, com o tema: “Por uma Igreja Sinodal”. A atividade será assessorada pelo Padre Paulo Henrique da Silva, coordenador da Comissão para a fase diocesana do Sínodo, e pelo Diácono Eduardo Wanderley, também membro da Comissão. O objetivo é preparar as pessoas o Sínodo dos Bispos 2023, convocado pelo Papa Francisco. A live será transmitida pelo canal da Arquidiocese de Natal, no Youtube. Divulgue! Participe!


Fonte - Setor de Comunicação da Arquidiocese de Natal